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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Stranger Things

Realmente, há muitas coisas estranhas neste planeta entre elas o gosto pelo terror. A maior parte das pessoas sofrem de alguma espécie de medo, já sofreram da Síndrome de Pânico, são incapazes de andar à noite na rua tranquilas, não vão a cemitérios à noite e se você contar uma história estranha numa noite à luz de velas, a maioria vai pedir para você parar, vão gritar, ficarem aterrorizadas e vão querer dormir todas juntas porque estão aterrorizados. (este argumento é baseado em fatos reais!)
O medo e o terror (que é a exarcebação deste) são criações do sistema para manter a população no controle, não o controle de cima para baixo ou armado, mas um controle que se manifesta de baixo para cima, do povo para o sistema e que esvazia toda e qualquer possibilidade de contestação. Não é um fenômeno só do Capitalismo. Existe no Socialismo e sempre existiu nas Monarquias apoiado pelas instituições religiosas (aliás, o Moneteísmo é o Meste do Terror - inferno, punição, julgamento, leis e regras antinaturais, etc).
 Todo o intuito do homem foi libertar-se das amarras do sitema, reinvindicando sua liberdade inata. Portanto, é realmente um contrasenso, um paradoxo, os indivíduos buscarem filmes e histórias de terror como entretenimento. e cultivarem o medo voluntariamente em si. Deve ter sido por isso que Etienne de la Botie escreveu a Servidão Voluntária.
A psicologia mais simples diz que o terror mexe com os centros nervosos inferiores, estimula os centros mais baixos e os excita. Não discuto esta descrição, mas se um indivíduo está necessitando de ver um filme de terror para se excitar sexualmente, ele está precisando de um tratamento urgente, e não é psicológico, é físico mesmo. O estranho é ninguém denotar isso nem aconselhar tratamento.
As pessoas já perderam há muito tempo a noção de saúde, de ser saudável seja física, emocional ou mentalmente. A sociedade hoje está mais perdida que as anteriores apesar de toda descoberta científica e avanço tecnológico. A impressão que se tem é que quanto mais caminhamos numa direção mas retroagimos como seres humanos. Falta Ética, senso de equilíbrio, valores, discernimento e tudo que pode caracterizar o ser humano. Em contrapartida, o ser animal está em alta e é um insulto dizer que o homem está se animalizando, não para o homem, mas insulta o animal esta comparação.
Mas voltando ao Terror. Sabe-se que o medo é o oposto do amor. A humanidade clama por amor, todos reclamam de carência, de abandono, de solidão, de maus tratos; há violência contra mulher, contra as crianças, contra os idosos, de gênero, de raça mas ainda assim, cultivamos o terror, o medo como quem passeia no parque num domingo ensolarado à tardinha - com ou sem pipoca!
Um dos maiores escritores de terror da atualidade - Stephen King - não gosta do que escreve, mas sua mulher sim e sabe por quê? Porque dá muito dinheiro e ela fica satisfeita em poder administrar este lucro, ainda que as custas do desgosto do marido e do mal que ajuda a espalhar.  Ele diz que escreve por que vende bem (diz a editora para ele) e que gostaria de escrever outras coisas. Imagino que ele deve escrever cheio de raiva, e quanto mais raiva, mais terror.
Conheço pessoas doces, aparentemente tranquilas, que não passam sem um ou dois filminhos de terror no fim de semana e alguns capítulos de algumas séries terroríficas durante a semana, que são produzidas aos montes, creio que tanto quanto produzem pornografia hoje em dia. Estas pessoas são o estereótipo das prórpias imagens que criam nos filmes - o rosto inocente que sem mais nem menos vira um rosto horroroso, mostrando mais que um lado sombrio, mostrando uma personificação do mal.
Realmente, minha inteligência não consegue alcançar a razão, o propósito nem mesmo o valor estético destes filmes e livros. São feios, grotescos, de uma retórica banal, não apresentam nada de novo e quanto mais repetitivo, parece que melhor! Alguns são tão estereotipados que pode-se prever a cena segunte. A sofisticação fica por conta da tecnologia (elementar,é claro!).
Portanto, estranho é produzir séries e filmes com crianças, mulheres e idosos instilando terror; estranho é levar crianças a exposições, deturpando o sentido da arte e do sexo, sexualizando prematuramente e de forma estranha e cultivando mais preconceito do que dissolvendo este cancro social; estranho é isso não ter censura e proibirem livros e arte que revelam a mais pura estética da Natureza e da Arte pois hoje, qualquer nu artístico, qualquer pintor da Renascença aos nossos dias, não passa de um tarado, um promíscuo, um libertino e ninguém (eu escrevi niguém porque não vejo nem os sociólogos, nem psicólogos nem outros intelectuais da mídia esclarecerem isto!) se prontifica a desfazer este imenso equívoco, esta inversão, este absurdo cultural, artístico e intelectual.
Estranho e mais ainda é saber que terror e pronografia são subsidiados pelo Estado, seja brasileiro, americano, inglês onde for e que se alguém quiser produzir algo diferente, tem que gastar mais e não tem apoio do governo. Estranho? estranha é esta humanidade!
Observação: esta postagem não tem ilustração pois me nego a participar deste conluio de inversões que per meia o mundo hoje.

Um comentário:

  1. Mais uma vez um show de percepção e um grande texto. É bem isso aí mesmo, se pegar essa turma e levar a um cemitério a meia-noite, no primeiro barulho, saem correndo de medo. O problema não são os mortos, mas os vivos que cada vez fazem mais besteiras para acabar com suas encarnações e com esse plano...

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